A
partir de 13 de abril, o Ministério da Saúde pretende flexibilizar
normas, em algumas cidades, para que apenas grupos de risco
mantenham-se em distanciamento.
Publicado: Quarta, 08 de Abril de 2020, 18h38
O Boletim Epidemiológico nº7, do Ministério da Saúde (MS), publicado na segunda (06/04), traz à tona que a partir do dia 13 de abril, “os municípios, Distrito Federal e Estados que implementaram medidas de Distanciamento Social Ampliado (DSA), onde o número de casos confirmados não tenha impactado em mais de 50% da capacidade instalada existente antes da pandemia, devem iniciar a transição para Distanciamento Social Seletivo (DSS)”. Porém, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) avalia que a transição pode trazer agravos à situação emergência no país e no mundo, devido ao Novo Coronavírus (Covid-19), e defende a manutenção das medidas atuais.
Na
modalidade DSA, todos e todas devem praticar as medidas de
distanciamento. Já na modalidade DSS, apenas grupos considerados de
risco, como pessoas idosas e pessoas com comorbidades, devem praticar
o distanciamento. Apesar da nova orientação, o boletim do MS não
detalha, a partir de evidências técnicas nacionais ou
internacionais, as justificativas que embasaram tal flexibilização.
Nesta
terça (07/04), a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
(PFDC), órgão do Ministério Público Federal (MPF), deu ao MS o
prazo de dois dias para que a pasta apresente as fundamentações
técnicas que embasaram a orientação para o relaxamento das medidas
de distanciamento social em algumas cidades brasileiras a partir da
próxima semana.
Nesse
sentido, o CNS, órgão legalmente responsável pelo monitoramento e
fiscalização das ações do Sistema Único de Saúde (SUS),
reafirma que o uso dos dados científicos sobre os meios de
enfrentamento à pandemia é a melhor forma de encontrarmos respostas
diante da
crise. A nossa maior preocupação é com a preservação da vida da
população brasileira e, por isso, seguimos reafirmando a
necessidade de manutenção do isolamento social como método mais
eficaz na prevenção à pandemia, conforme orientam a Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde
(OMS).
Conselho Nacional de Saúde
Foto:
Dourados News

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